sexta-feira, 7 de maio de 2010

Riqueza frutícula amazonense

          Ainda que a nossa especialidade seja a culinária, possuimos há muito tempo uma fruticultura, na rodovia Manaus-Itacoatiara, donde provêm praticamente todas as frutas utilizadas nos nossos sucos, licores e vitaminas.
          Desde alguns anos atrás introduzimos melhoramentos genéticos, com vista a alcançar frutos de melhor peso e qualidade.
          Começamos há pouco tempo a usufruir dessas melhorias, colhendo carambolas com mais de um quilo, biribás imensos, como este da fotografia, que pesou mil duzentos e oitenta gramas. Um verdadeiro portento.
          Para quem não conhece a fruta, o biribá, de nome científico Rollinia orthopetala, é um parente da ata, fruta do conde e atemoia. A polpa é branca, acidulada, doce e saborosa, lembrando um pudim natural pela sua consistência. Da família das anonáceas, é considerada a sua melhor representante. O fruto normal, sem qualquer melhoramento, raramente ultrapassa o tamanho de uma laranja grande.
          Possuimos um clima muito bom para a fruticultura, com calor e umidade o ano inteiro. O solo é muito ácido e pobre. Mas hoje, o solo é apenas um detalhe. Com correções apropriadas e manejo certo, torna-se imensamente produtivo.
          Os investimentos são muito pequenos, o conhecimento praticamente nulo, e o acompanhamento pelos centros de pesquisa inexistente.
          O futuro me dará razão, e a Amazônia será, com toda a certeza, uma grande fornecedora de frutas exóticas do Brasil.
          Já imaginaram uma fruta dessas num mercado de Londres ou Paris?
          Temos uma riqueza em potencial incrível. Deus nos dê a inteligência para a aproveitar.

Biribá gigante do Amazonas
Foi esta fruta a sobremesa exótica do almoço da Confraria do PINA.

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